Ontem, o juiz Sérgio Moro recebeu denúncia da força-tarefa de investigadores da Operação Lava-Jato contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
Três ex-diretores da Odebrecht ofereceram vantagens ilícitas ao ex-ministro para que ele influísse na edição de uma medida provisória de interesse da empreiteira, segundo a denúncia. A Odebrecht teria colocado à disposição de Mantega 50 milhões de reais. Parte do dinheiro teria sido repassada aos publicitários Mônica Moura e João Santana, para ser usada na campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, em 2014.
Hoje, a 2ª turma do Supremo Tribunal Federal revogou decisão do relator dos casos da Lava-Jato no STF, Edson Fachin. Ele determinara o envio de um dos depoimentos de delatores da Odebrecht contra o ex-presidente Lula e Mantega para a 13ª vara federal em Curitiba, comandada por Moro.
A maioria, por 3 a 1, decidiu que esses depoimentos, com citações aos nomes de Lula e Mantega, não tem relação com as investigações da Lava-Jato, acolhendo recurso da defesa dos dois acusados.
Mais uma contribuição à obstrução da investigação da corrupção por obra e graça da troika: Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski
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